Miomas são tumores benignos que se formam no útero. A incidência é maior em mulheres da raça negra, acima do peso, com antecedentes familiares e idade entre os 35 e 45 anos.A maioria não apresenta sintomas e descobre o problema através de exames físicos durante a consulta com o ginecologista ou de exames e ecográficos de rotina. O útero pode ficar aumentado e com características alteradas. Os exames de imagem são importantes para confirmar o diagnóstico.
Sintomas:
- Sangramento: o aumento do fluxo menstrual é o sintoma mais comum e pode levar a indicação cirúrgica.
- Dor: 30 a 50% das mulheres podem apresentar dor na região pélvica e abdômen.
- Infertilidade: o fator mais importante na infertilidade associada ao mioma é sua localização.
Tipos de mioma: Existem quatro tipos de miomas, nomeados de acordo com sua localização.
- Submucosos: que aparecem no interior do útero, podem acarretar sangramento abundante e anemia.
- Intramural: são os mais prevalentes e se desenvolvem dentro da parede muscular uterina, provocando cólicas e alterações variáveis de fluxo menstrual.
- Subserosos: que surgem na parte externa do útero, cujo principal sintoma é percebido quando passam a comprimir outros órgãos, como o intestino e a bexiga.
- Pediculados: que podem ser confundidos com tumores ovarianos; são ligados ao útero penas por um pedículo e são uma variação dos miomas subserosos.
Tratamentos: A definição do tratamento depende de cada paciente. Deve-se levar em conta a idade da paciente, o desejo de ter filhos e a vontade de manter o útero.
- Histerectomia: cirurgia utilizada para retirar o útero. O benefício é definitivo; entretanto, não é indicada para mulheres que ainda querem gerar filhos ou desejam manter o útero. Sempre deve ser levado em conta também os riscos do procedimento cirúrgico quando indicado.
- Miomectomia: cirurgia de retirada do mioma, preservando o útero. A anatomia do órgão é restabelecida e os sintomas diminuem. Indicada para mulheres que desejam preservar a fertilidade ou para aquelas que têm infertilidade causada pelo mioma – o que não é frequente – com melhora das chances de engravidar.
- Embolização: procedimento realizado por meio de um cateter introduzido na artéria femoral e direcionado às artérias uterinas, responsáveis por nutrir o mioma. Injeta-se uma substância para bloquear a nutrição sanguínea do mioma. Há melhora das queixas e diminuição dos miomas, porém ainda não é considerado totalmente seguro para mulheres que desejam manter ou melhorar a capacidade de ter filhos.
- Ultrassom focalizado e guiado por ressonância magnética: é a mais nova arma utilizada contra os miomas. A paciente deita-se na mesa de ressonância e, quando o médico aplica o ultrassom, as ondas são direcionadas para uma região específica do tumor, em que a temperatura aumenta até 90ºC, destruindo o tecido. Estudos estão sendo realizados para avaliar para quais casos esse método é eficaz.
- Medicamentos: também são uma opção e seu uso é aconselhado para diminuir os sintomas naquelas pacientes que não desejam cirurgia ou não possuem indicação de outro tipo de tratamento. Entre estes, destaca-se o uso de Dispositivos Intra Uterino (DIU) com progesterona, cada vez mais usado no nosso meio para o controle dos sintomas.